Com 238 mortes confirmadas só em Teresópolis, o Instituto Médico Legal conseguiu agilizar as necrópsias da maioria dos corpos resgatados. Pouco depois das 18h dessa sexta-feira, todos as vítimas já haviam sido necropsiadas pelos legistas, que trabalham praticamente sem descanso. Mas o quadro se altera rapidamente com a chegada de mais corpos. Entre os peritos responsáveis pelos trabalhos está o ex-prefeito Roberto Petto, que acelerou os procedimentos por mais de 24 horas sem parar.
O desenvolvimento da situação atual ainda é imprevisível. Fontes afirmaram à reportagem do Correio que o número de mortos aumentaria, com a possibilidade de se aproximar a 1000. Porém, funcionários do próprio IML discordam sobre a dimensão do quadro, o que mostra como todos ainda estão desorientados. Moradores do interior do município estão enterrando familiares na própria região, sem que os corpos passem pelo IML.
A movimentação de parentes continua intensa, mas diminuiu em relação aos primeiros dois dias. Os corpos são liberados em boa velocidade para os enterros. Os processos de identificação de cadáveres não reclamados é o que atrasa muitas liberações.
O IML de Teresópolis recebeu o reforço de seis peritos do Rio de Janeiro, além de técnicos de necrópsia e papiloscopistas. Durante todo o dia, o setor administrativo do instituto recebeu ligações de consulados, como o da Itália, e da Secretaria Estadual da Casa Civil, em busca de informações.
Todos os cadáveres levados ao Instituto Médico Legal foram armazenados em caminhões frigoríficos. Muitos ainda estão começando a congelar, o que mantém o mau cheiro na região. A maioria dos voluntários encarregados do local foram dispensados nessa sexta-feira para atender aos desabrigados espalhados pela cidade.
Fotos: André Coelho
Fotos: André Coelho
André:
ResponderExcluirVi em matéria ontem na TV que estes caminhões frigoríficos foram doados por empresários. Estes caminhões eram utilizados para transportar alimentos, mas foi dito que a partir de agora eles não poderão ser utilizados para este fim. Minha preocupação é que isto não seja controlado nem fiscalizado e que estes caminhões voltem a ser utilizados para transportar alimentos, como carne por exemplo. Imagina só o risco de comer carne transportada em um caminhão deste? Isto é grave! Você tem mais informações sobre este assunto?
Priscila Barra
Priscila:
ResponderExcluirBasicamente é isso mesmo. Os frigoríficos não podem mais ser utilizados, porém não há informações sobre como o governo vai assegurar que esses camnhões sejam inutilizados para o transporte de alimentos. Minha sugestão é que o Estado adquira esses equipamentos para o próprio Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto. Como material reserva para catástrofes e emergências. A própria imprensa tem que levantar essa questão.