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sábado, 15 de janeiro de 2011

Decomposição das vítimas dificulta trabalho do departamento jurídico

O odor dos corpos em decomposição na garagem improvisada em frente à 110ª Delegacia Policial obrigou os funcionários da área jurídica a abandonarem o prédio. Juízes, defensores e advogados agora trabalham para liberar os corpos identificados em um prédio ao lado da delegacia. O trânsito no local continua interditado, o que gerou congestionamentos na cidade. A prefeitura e a imprensa pedem que a população não saia de casa. O último número de mortos divulgado é de 261.  
O número de voluntários para trabalhar nos centros de amparo aos desabrigados em Teresópolis cresce a cada dia. Muitos são dispensados por não haver mais espaço para receber tantos ajudantes. O principal ponto de concentração de voluntários é o Ginásio Pedro Jahara, o Pedrão, que abriga mais de 1000 pessoas. 

Os voluntários para trabalhar no ginásio devem se cadastrar na Defesa Civil de Teresópolis, no bairro da Tijuca. A recomendação dos coordenadores do Pedrão é que os cadastros sejam feitos preferencialmente para o turno da noite, quando o trabalho se intensifica. Além de servir o jantar, o período da noite é usado para adiantar o café da manhã dos desabrigados. 
As emissoras de televisão local divulgaram também que outros pontos de assistência precisam de voluntários, não só o ginásio do centro da cidade. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias transformou até o altar do templo em depósito de garrafas d'água. As salas de aula da igreja se transformaram em pequenos apartamentos para receber as famílias. A parte sacra do templo foi adaptada como uma sala de TV e de brinquedos para as crianças. Não há previsão de destino para as famílias desabrigadas.
Fotos: André Coelho

3 comentários:

  1. Oi André. Parabéns pelos artigos e pelo seu esforço em manter todos informados. Desejo dias melhores a Teresópolis e a todas as cidades atingidas!
    Um abraço,
    Priscila Barra

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  2. Sua cobertura está excelente! Parabéns mesmo! Pena que seus exercícios de jornalismo estejam acontecendo em uma situação tão trágica e triste. Força, cara! Me compadeço por sua cidade, mas tenho certeza de que todos se erguerão. O tempo é o melhor remédio... E o povo brasileiro prova mais uma vez sua compaixão pelo sofrimento alheio.

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  3. Amém Mário. Porque ninguém aguenta mais chorar.
    É como ter um pesadelo de olhos abertos, sempre digo isso.
    Mas obrigado a você e a todos os que colaboram para socorrer esse povo sofrido.

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